Necromancers' Mausoleum
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Alquimia!

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Mensagem  Dark Avenger Sex Out 05, 2007 7:43 pm

Alquimia

Alquimia! Alquimia

Bom, disseram que seria permitido outras magias além da necromancia, então lá vou eu, abro esse espaço para discutirmos a mais científica das magias:A Alquimia.

Pequena introdução sobre o assunto:


Segundo a Enciclopédia Barsa, a Alquimia é uma ciência antiga da idade média (conhecida como "a arte") que possuía como objetivo a fabricação sintética de ouro e a vida eterna. Algumas vezes confundida com ocultismo, magia, bruxaria, feitiçaria ou simples charlatanismo, a Alquimia começou a ser praticada por grandes homens como Roger Bacon, S. Alberto Magno, o papa Clemente V, o imperador Rodolfo II, Paracelso.

Os principais objetivos da alquimia eram obter por meio de transmutação o ouro a partir de outros metais, produzir o "elixir da vida", a chamada pedra filosofal, que, segundo eles acreditavam, poderia curar varias enfermidades e extender a vida por um longo período.Tambem anciavam criar vida humana artificial, os chamados homunculus.

Apesar de ter sido praticada por diversos homens, a impossibilidade da fabricação de ouro quimicamente só foi provada no séc. XIX. Sir. Isaac Newton ainda achava a tentativa meritória. Seu exercício levou a progressos na química, mas não é exato que a alquimia tenha precedido a química ou preparado o seu advento. O contrário, sim, é verdadeiro. Ao surgir a alquimia (c. 300 a.C.), ouro, prata, enxofre, cobre, chumbo, ferro, arsênico, estanho já eram conhecidos. E a descoberta do mercúrio coincide com o seu aparecimento, tanto no Oriente como no Ocidente.

A alquimia foi praticada por chineses, hindus, egípcios, gregos e romanos. Chegou até a receber diversas designações, nas línguas mais antigas. Porém todas salientam a idéia central de "transmutação".


Por enquanto é isso, estarei pesquisando e trasendo mais informações.
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Mensagem  Valaraukar Sáb Out 20, 2007 2:30 pm

Além de adorar Fullmetal Alchemist, eu sempre me interessei por assuntos como a alquimia, e acredito que vários aqui também, então segue-se abaixo trechos de dois livros que eu possuo onde abordam este assunto, infelizmente eu já li outros diversos livros onde se encontram informações mais detalhadas, mais eles são da biblioteca...

“Wicca, Especial Caldeirão – Alquimia, Magia Egípcia, Magia Natural (Edie Van Feu)

Alquimia

Berço da Química, a Alquimia era uma forma de magia que pretendia transformar uma coisa em outra. O objetivo mais comum da maioria dos alquimistas era transformar metal comum em ouro e no caminho da Alquimia, muitas coisas foram descobertas e utilizadas na vida prática. Há duvidas se a palavra vem do árabe (alkimia) ou do latim (alchemia, alchimia). A origem do termo é controversa (ainda suspeita-se que possa ter vindo do grego ou do egípcio). Podemos defini-la como o conjunto das práticas, técnicas e conhecimentos químicos estudados por aqueles que buscavam a descoberta da pedra filosofal e da panacéia, ou remédio universal.
Os alquimistas levavam em consideração a parte invisível da matéria, a energia. Alguns estudiosos lembram que a astrologia era a astronomia antiga, a alquimia era a química e a magia era a física. A alquimia era uma modalidade de magia bastante hermética e se utilizava de uma linguagem própria, com sinais e grafismos só compreensíveis para os praticantes. Até mesmo os estudiosos teóricos tinham dificuldade em entender.
Voltando à pedra filosofal, muitos magos acreditam que ela é cúbica e pontuda. A pirâmide da parte de cima do cubo representa o princípio espiritual, estabelecido sobre a base do sal e do solo. Como ela é basicamente uma pedra sobre outra pedra, temos que levar em conta seu princípio construtivo, lembrando um edifício espiritual. A pedra filosofal é às vezes símbolo de Cristo e é citada na Bíblia. Ela seria o pão do Senhor, através do qual todo ser pode ser rico, são e sábio eternamente. Muitos estudiosos acreditam que a pedra filosofal é possuidora de uma energia mágica tão poderosa que é capaz de regenerar e dar a vida eterna. Mas há os que acreditam que ela é simbólica e que busca a regeneração e juventude eterna da alma. Sendo assim, todos os magos buscam a pedra filosofal, cada qual em sua linha e cultura, pois o objetivo da magia é, acima de tudo, o engrandecimento da alma e a transcendência do saber.
A seguir, dou a você o alfabeto alquímico usado pelos antigos. Não é muito útil em magia, uma vez que não estamos mais sendo perseguidos por fanáticos religiosos piromaníacos, mas você pode usá-lo para traduzir certas coisas em outros livros, mais antigos, caso pesquise neles. Lembre-se que estes livrinhos da Série Wicca são só um primeiro passo, algo pra você conhecer e saber que existe. Você deve ler de tudo, até porque fica mais fácil ter um ponto de vista mis amplo com mais informações. Como sempre, procure sebos, coleções pessoais, livrarias e sebos na internet, onde você pode achar coisas bem interessantes. Quanto mais antigo, mais peculiar. Procure também nas ultimas prateleiras empoeiradas da biblioteca de sua cidade. O alfabeto alquímico seguinte foi tirado do Dictionnaire Mytho-Hermétique (1787), de Dom Pernetty.”

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Mensagem  Valaraukar Sáb Out 20, 2007 2:34 pm

“O Manual do Bruxo (Allan Zola e Elizabeth Kronzeki)

Nicholas Flamel é mais conhecido pelos fãs de Harry Potter como o alquimista medieval que descobriu a Pedra Filosofal - uma substância milagrosa que podia transformar metais em ouro e produzir um elixir de imortalidade. Quando Harry cursa seu primeiro ano em Hogwarts (onde a Pedra está escondida e guardada por feitiços e encan¬tamentos), Flamel ainda está vivo e saudável, e mora com sua mulher, Perenelle, em Devon, Inglaterra. Podemos dizer que já é um senhor de idade, pois tem, no livro, 656 anos.
Essa é aproximadamente a idade que o Nicholas Flamel histórico teria se estivesse vivo até hoje, pois Flamel existiu e foi de fato um alquimista, teve uma mulher chamada Perenelle e, se acreditarmos em seus relatos, descobriu a lendária Pedra em seu laboratório alquímico em 17 de janeiro de 1382.
Muito do que sabemos sobre Flamel nos chegou através de seu livro Heiroglyphica, onde ele conta como se tornou, quase que por acidente, um alquimista. Quando nasceu, em torno de 1330, na pequena cidade de Pontoise, França, a alquimia já era praticada na Europa Ocidental. Com base nas práticas dos antigos gregos e egípcios que trabalhavam com metais, os segredos da alquimia atravessaram o mundo árabe e, por volta de 1200, já estavam disponíveis na Europa, em livros escritos em latim. Esses livros descreviam equipamentos de labo¬ratório sofisticados, ingredientes químicos e procedimentos complexos por meio dos quais era possível criar a Pedra Filosofal e adquirir riquezas formidáveis, sem falar na promessa de vida eterna. A alquimia também era considerada uma prática espiritual: com uma atitude humilde e devoção à tarefa, o próprio alquimista podia ser elevado a um estado de pureza e grandeza. Enquanto muitas pessoas tinham uma atitude cética em relação às duas posições, inúmeras outras montaram laboratórios caseiros e dedicaram suas vidas a tentar produzir a Pedra.
Quando jovem, entretanto, Flamel não se interessava particularmente pela alquimia, apesar de ter, com certeza, ouvido falar dela. Ele era bas¬tante culto para um homem de sua época, sendo letrado tanto em latim quanto em francês, e, quando chegou a hora de se estabelecer por conta própria, se mudou para Paris e começou a trabalhar como copista, notário e mercador de livros. Muitos dos contemporâneos de Flamel não sabiam ler nem escrever, e quando precisavam registrar alguma negocia¬ção procuravam um escrivão profissional. Flamel também copiava livros e manuscritos (a imprensa só seria inventada cem anos mais tarde) e ga¬nhava um dinheiro extra dando aulas de caligrafia aos ricos, ensinando-lhes, entre outras coisas, como assinar o próprio nome. Sua primeira loja ficava em um pequeno estande de madeira na rua dos notários, mas, à medida que seu bem-sucedido negócio crescia, ele contratou uma equipe de assistentes, comprou uma casa próxima e mudou sua loja para o primeiro andar. Ele também conheceu e se casou com Perenelle, uma viúva atraente e rica.
Até esse ponto, a vida do jovem escrivão era bastante comum. Mas tudo isso mudou quando um estranho entrou em sua loja e lhe vendeu um livro que mudaria sua vida para sempre. “Caiu em minhas mãos”, escreveu ele, “pelo equivalente a dois florins, um livro dourado, grande e muito velho. Não era feito de papel ou pergaminho, como os outros livros, mas apenas de uma fina casca de árvore. A capa era de cobre, extremamente delicada, e toda gravada com símbolos estranhos.”
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Mensagem  Valaraukar Sáb Out 20, 2007 2:42 pm

"O Manual do Bruxo (Allan Zola e Elizabeth Kronzeki)
Pedra Filosofal

Durante séculos, a lendária substância mágica conhecida como Pedra Filosofal (em inglês ela também é chamada de Sorcerer's Stone, que significa “Pedra do Bruxo”) incorporou dois dos maiores so¬nhos da espécie humana: vida eterna e riqueza infinita. Lord Voldemort queria roubar a Pedra de Hogwarts e usá-la para recuperar sua força e espalhar a magia negra pelo mundo. Inúmeros outros personagens, tanto fictícios quanto reais, buscaram a Pedra para fazer ouro ou para fabricar o Elixir da Vida, uma poção que tornaria imortal quem a tomasse.
A lenda da Pedra Filosofal surgiu com a alquimia, uma arte antiga fun¬dada em Alexandria, Egito, por volta do século I, que se dedicava a trans¬formar metais comuns em prata ou ouro. Seus criadores imaginaram a alquimia (do grego kemeia, que significa “transmutação”) como um processo científico que utilizava fornalhas, substâncias químicas e instru¬mentos de laboratório. Dentro disso entravam, chumbo, estanho e mer¬cúrio, entre outros metais para que, depois de uma série de operações secretas, saísse ouro. O fato de isso ser impossível (as leis da física naquela época eram as mesmas de hoje) não impedia que os primeiros alquimistas acreditassem ter obtido sucesso. Eles eram, na verdade, espe¬cialistas em colorir metais e em produzir ligas que se pareciam com ouro, continham um pouco de ouro e, pelo visto, passavam por ouro puro.
Nos séculos que se seguiram, o conhecimento da alquimia foi preser¬vado e desenvolvido no mundo árabe, e acabou chegando à Europa medieval por volta de 1200, quando os trabalhos dos alquimistas árabes foram traduzidos para o latim. Esses manuscritos, repletos de fórmulas complexas e descrições de instrumentos de laboratório até então desconhecidos, surgiram como uma revelação para os estudiosos e ecle¬siásticos que os leram.
Ao que parece, uma forma de produzir uma riqueza fabulosa já exis¬tia há mais de mil anos e as mentes mais brilhantes da Europa não sabiam nada a seu respeito. Agora, contudo, aparentemente o método havia sido encontrado.
A atração da alquimia era irresistível. No final do século XIV ela já brotava por toda a Europa Ocidental. A maioria das pessoas já tinha ouvido falar dela e havia centenas, se não milhares, de praticantes. Uma nova idéia havia surgido. Em vez de tentar transformar metais inferiores diretamente em ouro, como os primeiros alquimistas faziam, os alqui¬mistas da Idade Média, como Nicholas Flamel, falavam agora em pro¬duzir uma nova substância — um catalisador extremamente poderoso que, quando adicionado a metais comuns, desencadeava sua transmu¬tação em ouro. Essa nova substância ficou conhecida como a Pedra Filosofal. À medida que aumentavam as lendas sobre ela, também aumentava seu poder: ela passou a ser capaz de curar doenças e de pro¬longar a vida indefinidamente.
Apesar de a Pedra ser, de acordo com algumas definições, uma subs¬tância mágica, acreditava-se que tinha origens inteiramente naturais e, por isso, em teoria, podia ser fabricada por qualquer pessoa. Mas isso não significa que era fácil fabricá-la. Os manuscritos com as instruções dos alquimistas eram difíceis de encontrar e ainda mais difíceis de enten-der. Não só estavam escritos em latim (que apenas o clero e as pessoas cultas eram capazes de ler), como também, para impedir que os segre¬dos sobre transmutação caíssem nas mãos erradas, os escritores alquí¬micos escreviam de forma deliberadamente obscura, que mais parecia um código secreto. Por exemplo, em vez de usar o termo comum água regia para a mistura de ácidos nítrico e clorídrico, os alquimistas usavam “O Dragão Verde”. O chumbo era conhecido como “O Corvo Negro”. Uma vez terminado o processo de decifrar esses documentos, era preciso obter fornalhas, metais, substâncias químicas e vidrarias para poder mon¬tar um laboratório alquímico. Era necessária também, é claro, paciência para passar meses ou até mesmo anos em busca dessa Pedra tão difícil de encontrar. Apesar disso, muitos alquimistas estavam prontos a devotar grande parte de suas vidas a essa tarefa. A alquimia era vista como uma busca tanto espiritual quanto material, e muitos alquimistas acreditavam que, contanto que permanecessem concentrados em seu trabalho, tam¬bém eles se transformariam em “ouro”, tornando-se um “ser superior”.
Com a crença na Pedra tão difundida, era de se esperar que vigaristas atrevidos criassem uma variedade de esquemas do tipo “fique rico rápi¬do” para roubar as economias dos alquimistas novatos. Esses tratantes usavam dispositivos mecânicos e truques de prestidigitação para fazer parecer que estavam transformando mercúrio em ouro. Depois vendiam as pedras que supostamente tinham causado a transformação (e, às vezes, também os equipamentos do laboratório e as substâncias quími¬cas) para o ingênuo comprador. Ao mesmo tempo, tanto os vigaristas quanto os alquimistas de verdade corriam grande perigo ao afirmar que possuíam a pedra, pois podiam se tornar vítimas de ladrões. Por esta razão, a maioria dos alquimistas agia em segredo.
A alquimia continuou sendo um empreendimento sério até o final do século XVII, quando suas teorias foram substituídas pelas teorias mais fundamentadas da química moderna. Apesar de nunca terem percebido que seus objetivos eram impossíveis, os alquimistas acabaram desco-
brindo muitas substâncias químicas úteis para a ciência e a medicina. Além disso, inventaram técnicas de laboratório básicas e projetaram quase todos os instrumentos químicos usados até metade do século XVII."
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Mensagem  Valaraukar Sáb Out 20, 2007 2:48 pm

"O Manual do Bruxo (Allan Zola e Elizabeth Kronzeki)

A Criação da Pedra - A Teoria por trás da Alquimia

Ainda que os objetivos da alquimia pareçam impossíveis para a mentalidade moderna, para os praticantes da antigüi¬dade e da Idade Média a alquimia era perfeitamente razoá¬vel. De acordo com as teorias dos primeiros filósofos gregos, as quais eram bastante difundidas até o surgimento da ciên¬cia moderna, tudo no mundo físico é composto por uma subs¬tância essencial chamada de “substância primeira”. A substân¬cia primeira podia apresentar diferentes particularidades e características, mas, no fundo, havia apenas uma “coisa” bási¬ca. Além disso, acreditava-se que todas as substâncias ti¬nham vida. Metais e minerais, assim como plantas e animais, continham um “espírito universal”, ou força motriz, que os antigos filósofos chamavam de pneuma (do grego, “respi¬ração ou vento”).
Levando-se em consideração essa compreensão do mundo físico, os alquimistas não viam motivo pelo qual não pudessem pegar metais comuns, como ferro ou estanho, reduzi-los à condição de substância primeira (derretendo-os em fornalhas e tratando-os com ácidos e reagentes) e, depois, fazer a substância primeira se reconstituir sob a forma de ouro. Os alquimistas da Grécia e Egito antigos acreditavam que a transformação era desencadeada ao adicionar uma pequena quantidade de ouro de verdade à mistura, na qual ele agiria como uma semente e, estando vivo, tornava-se uma quanti¬dade maior de ouro, usando a substância primeira como nutriente. Os alquimistas medievais, por outro lado, acredi¬tavam que conforme aqueciam suas misturas, a pneuma contida nelas era liberada sob a forma de um gás que, junto com ou¬tros vapores, podia ser capturado em destiladores e conver¬tido para a forma líquida. Purificando e destilando esse líqui¬do centenas de vezes - até mesmo durante anos —, os alqui¬mistas acreditavam que, no fim, acabariam com uma essência de pneuma extraordinariamente poderosa, pura e concentrada. Essa era a célebre Pedra Filosofal. Quando adicionada à subs¬tância primeira, ela fazia, pelo menos em teoria, a substância se transformar em sua forma mais perfeita, o ouro. Consumida sob a forma de elixir, sendo a essência da força motriz, ela curaria qualquer doença e levaria à vida eterna.

A falsificação da Pedra - As fraudes na Alquimia

Uma demonstração clara de criação de ouro era a melhor forma que os alquimistas tinham de provar que possuíam um exemplar genuíno da Pedra Filosofal. Muitas falsificações engenhosas foram projetadas com esse propósito, mas o método mais convincente permitia que o futuro comprador realmente visse a transmutação acontecendo. Isto não era tão difícil quanto pode nos parecer. Uma demonstração que impressionava bastante, sem dúvida encenada em algum la¬boratório provisório e distante, funcionava assim:
O falso alquimista despejava uma pequena quantidade de mercúrio em um cadinho (uma tigela usada para derreter metais) que era aquecido em uma fornalha. Com um floreio dramático, ele mostrava, então, um pequeno tubo de pó ver¬melho, que era a suposta Pedra Filosofal. Adicionando uma pequena pitada ao mercúrio - do tamanho de uma cabeça de alfinete -, ele mexia a mistura e continuava aquecendo-a. Enquanto muitos processos alquímicos levavam semanas ou meses para se completar, esse levava apenas alguns minutos. Logo era possível ver o mercúrio mudando de cor, do pratea¬do para o dourado. Quando retirada do fogo e deixada para esfriar, a mistura se solidificava sob a forma de uma pepita. O surpreendente é que qualquer pessoa perita no assunto diria que a nova substância não era só parecida com ouro — era ouro!
O segredo dessa aparente transmutação envolvia uma combinação engenhosa de química com enganação. A quí¬mica estava no fato de o mercúrio ter um ponto de ebulição muito mais baixo que o ouro. O fingimento estava na vare¬ta, aparentemente inocente, usada para misturar os ingre¬dientes. Apesar de parecer um pedaço sólido de metal preto, ela era, na verdade, um tubo dentro do qual o vigarista havia colocado previamente uma pequena quantidade de ouro em pó. Uma tampa de cera escura lacrava a abertura da vareta e mantinha o ouro no lugar. Enquanto o mercúrio era aqueci¬do e mexido, a cera ia derretendo, deixando o ouro escorrer devagar para dentro do cadinho, onde se misturava ao mer¬cúrio. A medida que o calor aumentava, o mercúrio evapo¬rava no interior da fornalha, deixando para trás o ouro e, talvez, um vestígio da “Pedra”, que podia ser apenas um pedaço de giz colorido. A Pedra era, então, vendida a um preço bastante alto, e o falso alquimista fugia da cidade.”"
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